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Burnout aumentou 18% entre funcionários de empresas brasileiras em 7 anos

17 jan, 2023 0 Comentários

Burnout aumentou 18% entre funcionários de empresas brasileiras em 7 anos

Burnout aumentou 18% entre funcionários de empresas brasileiras em 7 anos


Em pesquisa, 38,1 mil trabalhadores de 25 companhias do país responderam a questionário disparado por inteligência artificial para avaliar a saúde mental desse grupo


Esgotamento, falta de vontade de trabalhar e sentimento de incompetência são alguns dos sintomas de um problema cada vez mais conhecido: o burnout. Classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma síndrome causada pelo estresse crônico no ambiente de trabalho, estima-se que ele atinja de 20% a 25% da população brasileira.


Um estudo apresentado no 39º Congresso Brasileiro de Psiquiatria, que aconteceu entre os dias 5 e 8 de outubro em Fortaleza, constatou que a incidência de burnout cresceu 18% entre 2015 e 2022. A pesquisa é de autoria da Gattaz Health & Results, empresa brasileira que oferece um programa baseado em ciência e tecnologia para promover a saúde mental no meio corporativo.


O trabalho partiu de questionário enviado por e-mail ou SMS por meio de um algoritmo diagnóstico. Segundo o psiquiatra Wagner Gattaz, diretor geral da empresa e professor titular do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a tecnologia é um sistema de inteligência artificial que identifica funcionários de grandes corporações e dispara o formulário.


Ao todo, foram acionadas 86.505 pessoas de 25 empresas do país. Dessas, 38.132 responderam ao questionário, das quais 63% eram mulheres e 37%, homens. Os resultados indicaram crescimento de 13% em casos graves de depressão, 9% no consumo de álcool, 5% em quadros de ansiedade e 18% em episódios de burnout.


De acordo com Gattaz, embora o burnout tenha ficado conhecido como uma “doença do trabalho”, não é bem assim. “Ele está associado ao trabalho e é um dos fatores que aumentam a probabilidade de a pessoa buscar atendimento em saúde, como o sedentarismo”, explicou o psiquiatra durante conferência.


As causas do burnout estão ligadas tanto à personalidade do indivíduo quanto a fatores ambientais. Traços emocionais para se ter atenção incluem perfeccionismo, necessidade de reconhecimento, incapacidade de delegar, sobrecarga e não saber dizer “não”. “Produzir mais em menos tempo é um grande fator que ajuda a desencadear burnout”, avisou Gattaz.


Já no ambiente de trabalho, condições que contribuem para o estresse são problemas de comunicação, baixa autonomia, falta de apoio e alta demanda. “O burnout afeta três dimensões: a primeira é falta de energia e cansaço; a segunda, uma despersonalização; e a terceira, insatisfação profissional”, resume o especialista.

*A jornalista viajou a convite da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)



Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Comportamento/noticia/2022/10/burnout-aumentou-18-entre-funcionarios-de-empresas-brasileiras-em-7-anos.html

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